segunda-feira, novembro 01, 2010

Ainda as insustentabilidades






in http://blogs.diariodonordeste.com.br/egidio/category/deus/page/4/


"Ninguém pode servir a dois senhores: ou não gostará de um deles e estimará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.»"
Mt 6, 24

Viver é, por si só, ser depositado no turbilhão de decisões. Durante toda a minha vida ouvi falar de tantos exemplos de pessoas que tinham que escolher estre o caminho do BEM e o caminho do MAL. Enquanto criança sempre julguei que uma pessoa era má porque assim o escolheu para a sua vida. Depois dos estudos acabei por descobrir que as pessoas, por norma escolhem o melhor para si. Ninguém, no seu perfeito juízo, quer aquilo que é mau para si, pelo menos permanentemente.
Hoje a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos. Em algumas paróquias, por questões práticas celebra-se também no final da Eucaristia do dia o Dia dos Fiéis Defuntos. Hoje fui tocado profundamente por uma tristeza tão profunda... Talvez tenha andado um pouco distraído nestes últimos tempos.
Ainda que seja uma situação que nos faz balançar, não posso deixar que a minha consciência pense que a vida é feita de uma facilidade que produz felicidade.
Cada vez mais me parece que a consciência de felicidade nos vem da capacidade de gestão desta insustentável leveza que o ser tem. O leveza tão grande que nos faz andar, vaguear com a mente e com o corpo como se não tivéssemos casa, um lar, onde depositar a cabeça.

Que Jesus, Luz em nossos corações nos ensine aquilo que realmente importa na nossa vida. Que ele nos ajude a sustentar este ser tão leve, tão frágil.





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sábado, fevereiro 07, 2009

Beans


Se calhar não estamos longe disto. Mas é insustentável.
Ainda por cima feijões!



quarta-feira, março 19, 2008

Dos dois, um só...

No hipermercado uma criança berrava com os pais porque não achava justo que só pudesse levar um dos brinquedos que tinha escolhido. A mãe dizia-lhe dos dois tens que escolher um. Ele, chorando, não se conformava de forma alguma forma com a possibilidade de ter que escolher. As suas lágrimas percorriam a face que se enrugava como se nascesse de novo, só que agora, estava a nascer para a escolha. Essa tão difícil atitude.


Ter que escolher surge-nos como uma grande injustiça. A verdade é que temos medo. E se escolho mal? E se venho a descobrir que a minha escolha não foi a melhor? Eu tenho que poder levar as duas coisas! Mas não posso...


Temos que fazer escolhas a todo o momento. Até mesmo a caminhar temos que escolher que caminho levar. Essas escolhas não nos apoquentam muito. Aprendemos a viver com elas e então.... já nem pensamos muito nas conquências. Se não concordam vejam só a facilidade com que atravessamos a estrada com uma passadeira por perto!


As escolhas que mexem connosco e que nos mexem com as entranhas são aquelas que dizem respeito a toda a nossa vida, ou então a uma parte importante dela. Dizia Heráclito: "não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, porque, ao entrarmos pela segunda vez, não serão as mesmas águas que estarão lá, e a pessoa mesma já será diferente". Esta expressão mostra que tudo passa, apenas a estrutura do acontecimento se repete: temos sempre que escolher.


Mesmo não sendo crianças, às vezes apetece-nos fazer uma birra com lágrimas e tudo dizendo bem alto: quero os dois! Não quero escolher! A vida, contudo, não nos dá esse tempo e, por vezes, o simples "momento" de pensar fazer uma birra já nos levou a uma terceira opção. deixar passar os dois que tínhamos na mão.


Julgo que para não nos arrependermos temos sempre que fazer uma opção de coração. Temos que amar realmente a nossa opção como se ama uma pessoa. Amar até ao fim, até que essa opção nos leve a outras possibilidades.


É difícil escolher ... mas.... amando a escolha julgo que ninguém se arrependerá.




Será isto sustentável?

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segunda-feira, dezembro 24, 2007

Duas tábuas...



O Natal está aí. A festa aproxima-se. Vamos todos festejar. Festejamos o quê? Porquê? Luzes prendas, dinheiro, muito dinheiro... O Natal já não é o que foi. Duas tábuas... umas palhinhas ... uns panos... o menino... o Amor... a Alegria de ver nascer aquele menino que veio salvar... quem? Mas quem é que precisa ser salvo? Salvo de quê? Eu cá não tenho pecado. Posso atirar a primeira, a segunda, até a terceira pedra.... Atiro pedras todos os dias. E o menino....? Que veio salvar? Salvar de quê? Salvar-nos de nós mesmos se calhar.
Duas tábuas.... umas palhinhas... uns panos... o menino e o Infinito Amor de Deus que se tornou Homem.



Tão diferente este Natal...

sexta-feira, junho 15, 2007

Atira-te ao mar...



Atira-te ao mar e diz que te empurraram...
Sem medo
vais ou empurro-te?
Se me empurrares não tenho que ir!
Se me empurrares não fui eu que fui!
Se me empurrares não fui eu!
(Que vontade de ser empurrado!)

No turbilhão da escolha
Ser empurrado e empurrar é o mais fácil.

Empurrar ou ser empurrado
destrona a responsabilidade
do seu verdadeiro trono.

Vais ou empurro-te?
Vou ou empurras-me?

Empurrar não.
Dou-te um toque.
Um pequeno toque que decidirá o movimento.
Vais para onde o toque te mandar...

Não te deixes tocar.
Tocam-te e tu vais para onde o toque te mandar.

Sê livre do tocar...
Mais tarde vais querer escolher
mas já estarás em movimento e não é possível parar.

Rafael M. Silva

sexta-feira, abril 13, 2007

Para procurar o mais, sentir o menos?


"A ignorância é o princípio da sabedoria"

Aprendi isto numa das aulas de Filosofia com um grande mestre. A frase não é dele. Até poderia ser.
Esta frase tem-me acompanhado desde então. A ignorância é o princípio dos sábios. Sábio não é o que sabe tudo mas aquele que quer saber muito. Tudo o que puder. O fim deste processo é algo insdescritível. É algo que nos enche a alma e nos faz "cócegas" no ego. É a perceber que somos capazes de distinguir e integrar coisas que não imaginávamos.
O início deste processo é que é bastante doloroso. O não saber é doloroso. Ter consciência de que não sabemos é ainda mais doloroso. E se, por acaso, acontece que não sabemos como obter o conhecimento... então "suamos sangue"....
Apercebemo-nos, contudo, que é a partir do sítio que estamos que podemos partir para outro lugar; é daquilo que não sabemos que podemos partir para o saber; é da dor que podemos partir para a alegria....


terça-feira, janeiro 02, 2007

Uma questão de genes...

Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher.
Génesis 1, 26-27
Diz-se que somos aquilo que os nossos genes ditam que sejamos. Que o que somos recebemos dos nossos pais. Que está no nosso código genético.
Quantos séculos terão passado desde que perdemos o nosso gene da Divindade?